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Campanha Feminicídio Zero ampliou acessos ao Ligue 180 e prepara grito de carnaval

Foto do escritor: portalrc10portalrc10

Goleiro João Ricardo, do Fortaleza, expôs a camisa 180 no horário nobre da TV e na Arena Castelão lotada (25/8/2024)


Depois de ocupar os estádios de futebol em 2024, este ano será o ano da campanha Feminicídio Zero, do Ministério das Mulheres, gritar no Carnaval do Rio de Janeiro como um bloco de conscientização contra a violência. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, anunciou em entrevista à Voz do Brasil, nesta quarta-feira (5/2), que o bloco fará parte do desfile das campeãs, no dia 8 de março, Dia da Mulher. A mobilização é uma parceria com a Liga das escolas de samba, junto com a prefeitura municipal, Ministério da Saúde e Fiocruz.


Ligue 180


De acordo com a ministra, as campanhas de divulgação em estádios e a publicidade voltada para o Ligue 180, em 2024, deram resultado. A Central de Atendimento à Mulher atendeu 691.444 ligações de todo o território nacional em 2024. No total foram 750.687 atendimentos no ano passado, uma média de 2.051 por dia. Cida Gonçalves, destacou que, além da divulgação, o trabalho especializado fez toda a diferença.


Durante entrevista, a ministra falou também sobre o perfil das vítimas de violência. Dentre os registros em que foi declarada raça/cor da vítima, as mulheres negras representam a maioria das denúncias, somando 53.431 casos contra mulheres pardas e 16.373 contra mulheres pretas. Além disso, mulheres brancas somam 48.747 denúncias, seguidas por amarelas (779) e indígenas (620). Sobre os tipos de violência, a ministra destaca que os tipos mais recorrentes são a violência psicológica, seguida pela física, patrimonial, sexual, violência moral e cárcere privado.


Casa da Mulher Brasileira e Centros de Referência


Cida Gonçalves anunciou ainda a criação de sete Casas da Mulher Brasileira e 13 Centros de Referência da Mulher em 2025, a intenção é ampliar ainda mais a estrutura de acolhimento à mulher no País. As Casas da Mulher Brasileira integram os eixos de atuação do Programa “Mulher Viver sem Violência” (Decreto nº 11.431/2023) - instituído pela presidenta Dilma Rousseff em 2013 e retomado em 2023 pelo Ministério das Mulheres - juntamente com o Ligue 180, com os Centros de Referência da Mulher Brasileira (Cram), unidades móveis de atendimento às mulheres em situação de violência no campo e na floresta, além de campanhas continuadas de conscientização.


Atualmente, há 10 Casas em funcionamento no país, localizadas em Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Boa Vista (RR), Ceilândia (DF), São Luís (MA), Salvador (BA), Teresina (PI) e Ananindeua (PA), sendo que as três últimas foram inauguradas em 2023 e 2024. Outras 27 estão sendo implementadas no Brasil, em diferentes fases. É possível acompanhar a construção das novas unidades através do Painel de Monitoramento da Casa da Mulher Brasileira, no site do Ministério das Mulheres.


Thays de Araújo | Agência Gov


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